domingo, 18 de outubro de 2009

Crônica: FIFO e FINO


 
Galeria: Marcus Ramos

Estava o mestre (mais uma vez empolgado) descrevendo o impressionante comportamento de uma estrutura de dados:

- Como sabemos, o protocolo básico de uma estrutura de dados é do tipo "põe-e-tira": põe um elemento na estrutura, tira um elemento da estrutura...

(Após alguns momentos de reflexão, os alunos mostram que entenderam o protocolo básico... na forma de um "Ahá!")

- No caso de uma pilha, este protocolo assume a forma de "push-pop", operações que implementam a regra LIFO: "Last In-First Out"!

Sem perder o oportuno momento de concentração dos alunos, o mestre prossegue:

- No caso de uma fila, o protocolo assume a forma de "enqueue-dequeue", operações que implementam a regra FIFO: "First In-First Out"!

Entretanto, precisamente neste ponto, um agoniado aluno solicita a palavra:

- Mas mestre, nem todas as filas seguem a regra FIFO!

- Não, caro aluno! Uma fila é caracterizada exatamente por este tipo de comportamento. Experimente "furar" a fila de uma agência bancária em um dia de pagamento!

- Pois é, retrucou o aluno. O sr. mesmo acabou de citar o exemplo de uma fila FINO.

Encucado e pensativo, o mestre ficou à mercê do aluno aguardando o desfecho, naturalmente "alunesco", da situação:

- Lá na agência onde faço estágio, a fila segue a regra FINO: FIRST IN-NEVER OUT!!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Crônica: Aluno e Criador


Galeria: Marcus Ramos


No final de uma importantíssima aula de Engenharia de Software sobre padrões básicos de modelagem com objetos, fala o prof:

- Um objeto assume o cargo de criador de outro objeto "x" quando:

(1) Ele contém "x".
(2) Ele agrega "x".
(3) Ele anota coisas em "x"
(4) Ele usa "x" intensivamente.
(5) Ele sabe os valores iniciais de "x".

Ainda empolgado pelo delicioso assunto, o prof, em um tom imponente, faz ressoar pela sala:

- Por exemplo, existindo as classes "Professor", "Curso" e "Aluno", qual delas seria, responsável por criar instâncias de "Aluno"?

Na cabeça do mestre pode-se detectar a pulsante resposta: "Curso". Na cabeça dos alunos é possível pressentir um retumbante: "Ainda não acabou?!"

Curioso com o silêncio absoluto da turma (indesculpável neste momento mágico da aula), o prof insiste, em altos brados:

- QUEM CRIA O ALUNO ???

Silêncio. Em seguida, uma suave brisa de revelação anônima. A tênue voz de um aluno surge do abismo intelectual:

- A MÃE.